terça-feira, 24 de junho de 2014

Quando nada que se faz pra ela está bom

E não é que estou pegando gosto por falar de assuntos aleatórios? Vamos falar hoje da odiosa natureza humana. Sobre a equação que nunca fecha chamada relacionamentos.
Sou do tipo incomum de homem. Às vezes sinto vergonha de agir da forma que eu ajo, mas não adianta. Está em meu DNA e infelizmente luto, mas não consigo mudar.
Sou uma negação em relacionamentos. Até hoje me relacionei com o sexo oposto quatro vezes e meia. Já explico. E se vc está aqui achando que haverá revelações, saiba que sim! Haverá revelações. 
Como havia dito, sou uma negação em relacionamentos. Estou cada dia mais convicto que não mantenho ninguém ao meu lado, porque sou uma pessoa de difícil trato.
Porque tudo eu quero demais. Sou do tipo que quando gosto, caio de joelhos pela pessoa. Faço de tudo pra manter, isso quando há correspondência, né, se não fico remoendo amores platônicos, e imaginando como minha vida seria feliz ao lado...Nossa! Às vezes acho que minha criação feminina sem a presença efetiva do meu pai me estragou um pouco.
Homem em geral, não fantasia.
Não corre atrás e nem risco. É tudo ou nada. Se for foi, se não for, foda-se.
Não consigo pensar assim. Sempre acreditei que um relacionamento deve ser a extensão de nossa vida e um complemento de nossa satisfação pessoal e felicidade.
Por isso, sempre quando vejo alguém ser legal comigo ou ter gostos em comum, já imagino como seríamos felizes juntos e tals.
Escrevo mais uma confissão como recomendação de meu psiquiatra, que sugeriu que eu botasse pra fora minhas aflições através da escrita em meu blog.
Continuando, neste ano, achei que me encontrei com o amor. 
Tinha conhecido uma pessoa obscura numa estação de trem e trocamos telefone.
Tínhamos quase nada em comum, exceto o fato de ambos estarem machucados pelo sexo oposto.
Fiz o que se espera protocolarmente, dei meu celular e aguardei ansiosamente o seu retorno.
Um dia ela me ligou e marcamos um rolê.
Tudo transcorreu bem, e ficamos.
Flores pra lá, declarações apaixonadas pra cá, muitas, mas muitas renúncias de minha parte e fomos levando.
Surgem os primeiros conflitos.
Creio que quando se está com alguém, a presença do outro é indispensável.
A guria nunca tinha tempo, não se esforçava e eu lá, sempre disponivel.
Não achava legal e justo, não tê-la ao lado.
Estou numa fase em que carinho e atenção, são cruciais para meu desenvolvimento e tratamento.
Mas não adianta. Quando não se é uma princesa, não se pode tratar como princesa.
Demorei uma cota pra entender isso.
Fazia de tudo, e nada a sensibilizava
sensibilizava.
Até que uns dias sem, percebi que isso me fazia mal. Não adiantava fazer tudo, pagar tudo, retroceder em coisas que acreditava para manter alguém que não fazia o mesmo.
E terminamos. Com revoltas mútuas e as clássicas trocas de ofensas.
Deus sabe o que passei e engoli por isso.
Mas não adianta fazer tudo, pra quem não sabe nem o que quer.
Agora eis me aqui, escrevendo numa noite fria, com o coração aberto e esperando o dia em que serei liberto.
Outra hora me aprofundo sobre quem amei, que foi só uma. Essa que se me chamasse agora, abandonaria tudo, esqueceria todos meus mantras e minhas regras e aceitaria inclusive cuidar de rebento alheio, mesmo sabendo que sou um homem honrado, não criado pra isso.
Mas por ela, valeria a pena, e ela sabe (se estiver lendo vc sabe querida) que meu coração e minh'alma serão sempre seus.
A ti, entrego meu espírito....
Saia dessa vida de opressão e venha pra mim. Kkkkk estou perdendo o foco.
Meu público leitor é compreensivo. Sabe que o que escrevo não são lamentos, mas sim desabafos de uma alma que clama por paz e tranquilidade.
Mas na verdade, sei que erro. Não quero ser igual, cair na vala comum, mas a duras penas, sei que ser diferente tem um preço.


E estou pagando caro por ele.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Um homem carente. Um relato corajoso sobre um mal que atinge ambos os sexos

É muito difícil para o homem moderno ser homem aos olhos dos demais. Explico: Vivemos numa sociedade em que os sentimentos e o sentimentalismo é negado ao homem. Imposição essa, que veio com os anos, enraizada na nossa cultura.
Não é errado. O homem tem mesmo de ser a fortaleza, prover e ser referência sim, mas homens também choram, clamam por um amor verdadeiro e necessitam de carinho.
Sim, carência não é uma moléstia exclusiva das fêmeas não. Machos ou masculinos se sentem carentes e não há mal em admitir.
O que faço agora é um exercício de coragem. Embora, quem me conhece sabe que eu em tudo que escrevo deixo escorrer a necessidade de ter alguém que me complete. Não é errado mostrar esses sentimentos.
Mas no momento em que vivemos, quem expõe essas mazelas, é tratado como recalcado, fraco, e afins. 
Estamos no mês que os comerciantes apelidaram como o mês dos namorados. Causa um enorme sofrimento a aqueles que não possuem alguém do lado. É vital ter alguém para se reportar, mandar e receber mensagens SMS ou de whatsapp.
Alguém para se importar, perguntar como foi o dia, saber que tem alguém para reclamar do dia difícil no transporte público.
Sinto que a verdade é essa. Não convém mais esconder o cara com sentimentos numa máscara de durão.



Os valentes também choram, clamam, e esperam por alguém que faça a vida ter sentido.
Não há nada melhor que poder percorrer as mãos em uma pele lisa, num quadril ondulado. Homens também em menor escala é claro, gostam de idiotices amorosas e sentimentais.
Não escrevo isso com a intenção de que se compadeçam por mim, nem quero.
Faço isso pois meu coração mandou. Tenho que utilizar minha pouca habilidade com as palavras para o bem.
Com certeza alguém no mundo está passando pelo mesmo que eu neste momento, e saiba amigo ou amiga: Tu não está sozinho.
Solidão. Junto com a depressão são os males do século.
Sei que já passei da hora. Nunca tive e não dá mais para mergulhar na promiscuidade.
Não devo ser o único que quer mãos dadas, passeio no shopping, cinema aos fins de semana. Uma passada no paradisíaco espaço das cerejeira do parque do Carmo aqui em São Paulo. Ali é um bom lugar para tirar fotos de casal, ficar ao lado de quem gosta e simplesmente olhar para cima. Contemplar as cores do céu azul se misturando com as das flores de cerejeira.
Não só eu, mas creio que muitos homens estão esperando alguém que faça a cabeça se subverter, alguém para dar a mão e ir junto pra qualquer lugar. 
Sou do tipo que bem acompanhado, vou até o inferno. Até porque nada é ruim, e o inferno deve ser aprazível ao lado de quem se gosta.

Pode parecer cliché barato, mas eu também "Quero a sorte de um amor tranquilo"

E não sou o único.